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Tem 362 Anos e Continua a Surpreender: O Que Não Sabe Sobre a Feira de S. Martinho
29 outubro, 2025
Eventos
1. Introdução: O Cheiro a Castanhas no Ar
O cheiro a castanhas assadas, as luzes coloridas dos carrosséis e o som da festa no ar são sensações que nos transportam para o coração do outono. Em Portimão, a Feira de S. Martinho é o epicentro desta tradição, mas por detrás das aparências familiares esconde-se uma história rica e pormenores fascinantes que a maioria dos visitantes desconhece. Continue a ler para descobrir os segredos que tornam este evento muito mais do que uma simples feira popular.
2. Uma Viagem no Tempo: Mais de Três Séculos de História
Engane-se quem pensa que esta é uma feira recente. Não se trata de um evento qualquer, mas sim do "mais antigo e emblemático evento económico-social" de Portimão, com origens que remontam a 1662. Celebrando em 2025 a sua 362ª edição, este facto transforma uma simples visita numa ligação direta com a história da cidade. Poucos eventos conseguem manter-se tão relevantes por mais de três séculos, e o segredo pode estar na sua capacidade de se renovar: a cada ano que passa, a feira evolui, e a edição de 2025 promete até "novas diversões" para surpreender os visitantes.
3. Do Pão com Chouriço aos Carros Novos: Um Contraste Fascinante
Uma das características mais fascinantes da feira é a forma como o tradicional e o moderno convivem. De um lado, uma imersão nos cheiros e sabores de sempre: o aroma inconfundível das castanhas e do polvo assado mistura-se com o pão com chouriço acabado de fazer, enquanto as bancas se enchem de frutos secos e batatas-doces. Para os mais gulosos, há o doce do algodão-doce, as pipocas e as gomas. É aqui que também se encontram os produtos que atravessam gerações, dos alguidares de barro e atoalhados aos utensílios de cozinha, roupa e calçado.
Por outro lado, a poucos metros de distância, o Portimão Arena acolhe uma mostra de marcas automóveis, com exposição de veículos novos e usados. Esta mistura entre o secular e o contemporâneo revela a extraordinária capacidade do evento para evoluir e atrair novos públicos, sem nunca perder a sua essência original.
4. Diversão para Todos (e para Todas as Carteiras)
A pensar na comunidade, a Feira de S. Martinho promove duas datas temáticas com preços especiais, tornando a diversão mais acessível. O dia 12 de novembro é o "Dia da Juventude", com descontos pensados para os mais novos. Já o dia 16 de novembro, que marca o encerramento do evento, é inteiramente dedicado às famílias, que também podem usufruir de condições especiais nos espaços aderentes. Esta é uma iniciativa que demonstra uma clara preocupação em acolher todos os públicos e reforçar o carácter popular e inclusivo da feira.
5. Um Evento que Transforma a Cidade
A escala da Feira de S. Martinho é tão grande que a sua logística transforma a cidade. Durante dez dias, de 7 a 16 de novembro, o Parque de Feiras ganha uma nova vida, mas a sua preparação e desmontagem são operações complexas. Para garantir a segurança de todos, a passagem habitual de peões e bicicletas que liga à zona ribeirinha fica interdita durante os períodos de montagem (de 29 de outubro a 7 de novembro) e de desmontagem (de 17 a 20 de novembro).
A sua importância é tal que outros eventos emblemáticos da cidade pausam para lhe dar lugar. Durante o mês de novembro, o mercado mensal e a Feira das Velharias são suspensos, cedendo o seu protagonismo ao certame principal. Estes factos mostram que a Feira de S. Martinho é mais do que um evento; é uma operação que se torna o centro da vida da cidade durante este período.
Para quem planeia uma visita, os acessos são facilitados. A entrada sul, junto à ponte ferroviária, estará aberta, assim como a entrada norte, a partir do Largo Gil Eanes. Além disso, a rede de transportes urbanos Vai e Vem tem paragens convenientes nas proximidades, tornando a viagem até ao coração da festa simples e acessível.
6. Conclusão: A Tradição que se Reinventa
A Feira de S. Martinho de Portimão é um exemplo notável de como uma tradição pode honrar o seu longo passado enquanto abraça o presente para se manter viva e relevante. É a prova de que, mesmo depois de 362 anos, ainda há espaço para surpreender. Da próxima vez que visitar uma feira popular, que histórias escondidas irá procurar por detrás das luzes e do algodão-doce?
